7 Dicas para o Projeto da Casa Perfeita
Que imagem uma casa perfeita traz à sua mente? Uma casa ampla, bem iluminada, com suas obras favoritas penduradas nas paredes? Uma casinha aconchegante com um quintal para plantar suas flores? Uma casa grande com hidromassagem e piscina com borda infinita? Seja qual das opções for, seria a sua visão da casa perfeita.
Todos temos um ideal de casa, e o trabalho do arquiteto de interiores e do designer de interiores é justamente trazer esse ideal para a realidade. E ao trazer esse ideal para a realidade devemos ter alguns cuidados especiais. Confira a seguir sete dicas fundamentais para você desenvolver o projeto da casa perfeita para o seu cliente:
1. Escutar as necessidades e expectativas do cliente
Quando estiver lidando com as demandas de um cliente, é importante se atentar sempre ao que ele estiver pedindo e demonstrando, anotando tudo com atenção. Você deve conseguir traduzir as necessidades que ele tiver, pois nem sempre elas serão ditas com clareza. Para isso, você deve escutar, buscar informações e observar tudo com cuidado, podendo até visitar a casa atual para verificar os detalhes de seu dia a dia. Idosos moram na casa? Crianças? Animais de estimação? Tudo isso deve ser levado em conta, assim como se ele valoriza mais o aspecto visual ou a qualidade dos produtos. É preciso mapear o cliente. Agindo dessa forma, além de trabalhar com mais facilidade por saber todas as nuances do projeto, você constrói uma base sólida de confiança mútua, transpassando uma barreira inicial de desconfiança que possa ter se formado anteriormente.
Crédito do projeto: Banheiro, de Gisele Taranto Arquitetura
2. Cada projeto é único
Sempre ao iniciar um novo projeto você deve lembrar que cada um deles é único. Toda casa é uma nova etapa na sua carreia, são todas casas diferentes para pessoas diferentes. Por isso você deve estar sempre pesquisando, evoluindo e agregando mais conhecimento ao seu repertório. Vale de tudo, de sites e revistas digitais a livros de projetos; o importante é conseguir utilizar essas informações e trabalhar para obter o melhor resultado para o seu cliente.
3. Relações: Ponto, linha, plano, volume e cor
É importante ter em mente que a linguagem visual é a base de criação do desenho. Dessa forma, os elementos ponto, linha, plano, volume e cor constituem a substância básica daquilo que vemos, então organizá-los visualmente é fundamental. Também deve-se atentar às escalas dos ambientes e dos próprios clientes. Por exemplo, não podemos fazer uma bancada alta para um cliente baixo e vice-versa. Mas além ainda do próprio cliente, deve-se levar em consideração as outras pessoas que possam morar na casa ou visitar. Então o equilíbrio é sempre a chave.
Crédito do projeto: Sala de jantar, de Gisele Taranto Arquitetura
4.Relações singulares e conectadas em projeto
Preocupe-se com a iluminação natural e iluminação artificial, ventilação, materiais “verdadeiros” e que atendam as normas de desempenho, sustentabilidade, integração do espaço interno e externo e tecnologia. Todos estes detalhes devem ser muito bem observados e especificados.
5. Valorize o uso de obras de arte e de peças de design de qualidade
Ao pensar nos produtos, você não pode simplesmente ir no que você gosta e nem simplesmente no que o cliente quer. É importante ter a ajuda de um curador de arte para o entendimento completo de certas especificidades. Por exemplo, você sabia que é um dos maiores erros combinar as almofadas do sofá com algo que está acima do próprio sofá? Ou que certas obras de certos artistas não devem ser colocadas lado a lado com a de outros artistas? São nuances que só são aprendidas com experiência e com a ajuda de profissionais da área. Depois de escolher os produtos levando em consideração todos esses detalhes, vem a parte de convencer seu cliente de que aquele é o produto certo, mesmo que seja mais caro, como fazer isso? Primeiramente, você deve entender esse produto, para poder falar sobre ele com propriedade e certeza de quem sabe o que está falando. E além disso, vem o infalível test drive, que é o que vai fazer o cliente dar o veredito final.
Crédito do projeto: Acesso, de Gisele Taranto Arquitetura
6. Respeite o próprio limite de conhecimento e busque profissionais competentes que complementem o seu trabalho
Como já foi falado anteriormente, em várias áreas do seu projeto você vai precisar da ajuda de profissionais específicos, como na parte de iluminação, arte, ambiental e claro, na parte de construção, engenharias, paisagismo e outras áreas. Por isso você deve reconhecer os seus limites e criar equipes especialistas nesses assuntos para suprir sua necessidade, tanto no escritório quanto em atividades complementares. As equipes devem se entender e trabalhar em harmonia, complementando umas às outras, enquanto você coordena tudo e ajuda na comunicação entre elas. É como se você fosse um maestro de uma orquestra e as equipes os seus músicos. A você cabe a direção e os seus músicos devem dar o melhor de si.
Crédito do projeto: Gisele Taranto Arquitetura (ambiente em mostra de Casa Cor)
7. Desenvolver um cuidadoso detalhamento do projeto
Detalhe profundamente o projeto, pois “perder” esse tempo poupa problemas e surpresas desagradáveis na construção da obra. Então sim, faça trinta páginas apenas sobre o banheiro, especificando o ralo, chuveiro, toda a marcenaria e etc. Coloque-se no lugar do outro, entenda e passe o máximo possível de informações para quem executa. Tenha sempre em mente que estudar no projeto sai mais barato que experimentar opções na casa do cliente.
E lembre-se: Não adianta fazer um projeto perfeito para o seu cliente, se a obra não for executada com tal maestria.