Aberto ao público logo antes do Natal, a arquitetura do novo museu de história natural de Lyon, na França, é marcada por formas irregulares e elementos salientes. De autoria do estúdio de arquitetura austríaco Coop Himmelb(l)au, o projeto arquitetônico do Musée des Confluences foi feito para abrigar mais de 2,2 milhões de peças do acervo do museu, além de exposições e salas de aula.
O projeto arquitetônico do museu está localizado em uma península feita pelo homem, na confluência dos rios Rhône e Saône, uma área que passou por um profundo desenvolvimento iniciado nos anos 90. O projeto arquitetônico foi uma resposta ao desejo de manter o fluxo de pedestres por toda a área – o projeto arquitetônico, de formato irregular e elementos salientes, fica elevado sobre uma praça pública. No interior, os arquitetos criaram uma estrutura curva que funciona como uma ponte interligando os espaços do museu.
De acordo com os arquitetos austríacos, “mesmo que tenha ficado evidente que esta seria uma área difícil – pilhas de 536 metros de comprimento tiveram que ser seguramente fixadas no chão – ficou claro que esta localização seria de extrema importância para o design urbano”.
Para os arquitetos “a construção deve funcionar como um sinal distintivo e como entrada para os visitantes que vêm do sul, assim como um ponto de partida para o desenvolvimento urbano”.
O projeto arquitetônico conta com uma estrutura composta de três partes principais: The Crystal (O Cristal) – o nome vem da estrutura cristalina de vidro, foi projetada para abrigar os espaços de circulação, e é composta por uma rampa em espiral que dá acesso às várias salas de exposição; The Cloud (A Nuvem) – descrita pelos arquitetos como “uma imensa nave espacial, arrumada temporariamente no tempo e espaço presente”, contem as galerias de exposição em uma área revestida em aço; e The Plynth (O Plinto) – no projeto arquitetônico, essas duas seções ficam acima do plinto de concreto armado, que acomoda dois auditórios, um para 327 pessoas e outro para 122, ao lado de uma série de oficinas educativas e salas técnicas.
Toda essa estrutura do projeto arquitetônico serve para dividir os espaços de exposição, o hall de entrada do público e os auditórios e salas de trabalho.
Segundo os arquitetos, “para construir um museu de conhecimento, seria preciso desenvolver uma nova forma complexa como porta de entrada icônica. Uma construção que verdadeiramente se destaca só pode vir a existir através de formas resultantes de novas geometrias”.
No projeto arquitetônico, a praça pública situa-se logo abaixo do hall de entrada elevado. Uma pequena piscina fica refletida na parte debaixo do prédio, que tem um revestimento refletor feito de placas de aço inoxidável jateadas com esferas de vidro.
Projeto arquitetônico de Coop Himmelb(l)au
Ano: 2014
Local: Lyon, França
Fotografias de Duccio Malagamba