Cinco obras-primas comprovam que 2016 foi surpreendente para a arquitetura
Projetos arquitetônicos surpreendentes foram lançados em 2016, o que tornou o ano extraordinário para a arquitetura – um ano com redescobertas, transformações, com obras de renovação capazes de nos fazer redescobrir antigas construções ou lançar novos olhares para materiais antes negligenciados, com projetos de arquitetura que foram capazes de mesclar com excelência prédios e paisagem ou que souberam criar com maestria novos espaços públicos de forma muito mais inteligente e antenada com o tempo em que vivemos.
Selecionamos cinco projetos que se destacaram como verdadeiras obras-primas da arquitetura em 2016.
Veja estas cinco obras-primas surpreendentes de 2016
#1 Roy and Diana Vagelos Education Center, na Columbia University Medical Center
Projeto de arquitetura de Diller Scofidio + Renfro
Local: Nova Iorque, EUA
Ano: 2016
Fotografias: Nic Lehoux (fonte: The Guardian)
Dos mesmos arquitetos do High Line, em colaboração com o escritório de design Gensler, o projeto arquitetônico da escola de medicina trouxe para os estudantes um prédio que funciona ao mesmo tempo como escola e campus, juntando muito bem tecnologia com espaços flexíveis. Os arquitetos entenderam que novos métodos de ensino existem, e criaram salas de aprendizado ativo, que podem ser reprogramadas de acordo com as necessidades de cada professor, favorecendo sempre a experiência na prática. São 14 andares revestidos com vidro que proporcionam belas vistas do rio Hudson, e dos pisos mais altos também é possível apreciar um panorama de Manhattan. O destaque fica por conta do “Study Cascade”, uma sucessão de espaços verticais transparentes que conecta áreas de estudo, descanso, salas de reuniões e espaços de performance.
#2 The Port House
Projeto de arquitetura de Zaha Hadid Architects
Local: Antuérpia, Bélgica
Ano: 2016
Fotografias: Tim Fisher (fonte: Zaha Hadid Architects)
Os arquitetos transformaram uma estação de bombeiros abandonada em uma obra impressionante para o novo porto de Antuérpia, que reúne no mesmo prédio os 500 funcionários que antes trabalhavam em prédios espalhados pela cidade. A arquitetura da casa portuária tem a forma de uma proa de navio elevada, que ‘flutua’ sobre o prédio existente. A estrutura é revestida com um vidro claro e opaco, que reflete a variação de tonalidade do céu da cidade.
#3 World Trade Center Oculus
Projeto de arquitetura de Santiago Calatrava
Local: Nova Iorque, EUA
Ano: 2016
Fotografias: Hufton + Crow (fonte: Designboom)
Com todo o merecimento, esse projeto arquitetônico levou o Design of the Year 2016. O novo centro de transportes de Nova Iorque se eleva na paisagem como se fossem duas asas esculturais feitas de aço e vidro. O interior, espaçoso e com um branco brilhante, é suportado por fortes frisos de aço, que proporcionam vislumbres dos arranha-céus da redondeza. A combinação de luz natural e a forma escultural dá dignidade e beleza aos andares mais baixos da construção, por onde passam os pedestres, e ainda oferece à cidade de Nova Iorque um tipo de espaço público único e uma ‘lanterna’ simbólica para a vizinhança ao anoitecer.
#4 Ex of In House
Projeto de arquitetura de Steven Holl Architects
Local: Nova Iorque, EUA
Ano: 2016
Fotografias: Paul Warchol (fonte: Designboom)
Nesse projeto arquitetônico residencial, o objetivo dos arquitetos foi explorar a linguagem da reserva florestal onde a casa está situada, a fim de criar um laço forte com a ecologia local. A casa de madeira é formada por aposentos em forma esférica, que propositalmente lhe conferem uma aparência de vazio. A geometria das intersecções esféricas pode ser visualizada desde a entrada e, embora os quartos não sejam distinguidos por repartições, e sim pela sobreposição de elementos verticais, a casa pode abrigar até cinco hóspedes.
#5 InScape
Projeto de arquitetura de Archi-Tectonics
Local: Nova Iorque, EUA
Ano: 2016
Fotografias do site Curbed
Os arquitetos trouxeram a esse projeto um novo conceito em meditação. Esse centro de meditação luxuoso é, segundo o fundador, “algo entre os monastérios do século IV, o clima no templo do Burning Man, e o sentimento que se tem quando se olha para a linha infinita do horizonte”. Provavelmente a grande estrela desse projeto arquitetônico são os tetos: um deles lembra uma instalação flutuante de cordas em trama, e outro um tecido de bambu em espiral. A arquiteta Winka Dubbeldam, responsável pelo projeto, imaginou os estúdios como ambientes imersivos de luz e som. Todo o espaço, com assentos de linho natural, iluminação flutuante nos tetos, prateleiras de bambu natural, e paredes curvilíneas, sutilmente envolve o visitante. Materiais naturais absorvem a umidade e ar filtrado e aromaterapia proporcionam uma sensação a mais de conforto.
Fonte: Site Wired